III Congresso Lusófono de Ciência das Religiões
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LISBOA | 31 de Janeiro a 5 de Fevereiro de 2020

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Fé e Globalização

Coordenadores:

José Brissos-Lino (ULHT) e Vitor Rafael (ULHT)

Tema:

Neste simpósio temático pretende-se reflectir sobre a relação entre fé e globalização.

Os seus objectivos passam por:

– reflectir sobre os novos desafios religiosos suscitados pelos avanços tecnológicos, que influenciam o quotidiano do homem religioso, assim como a comunicação e a praxis das instituições eclesiásticas e dos grupos religiosos;

– pensar sobre o papel das religiões enquanto promotoras do desenvolvimento social e humano, em particular nos países em desenvolvimento, com especial incidência no espaço lusófono;

– apreciar as alterações do tecido social, assim como o surgimento dos novos modelos económicos resultantes do fenómeno global, porventura potenciadores de pobreza e desigualdades profundas entre os indivíduos e os países;

– discutir as alterações sociológicas de recorte religioso decorrentes dos fluxos migratórios provocados pela globalização à escala mundial, com especial incidência no espaço lusófono;

– considerar as mudanças culturais decorrentes dos fluxos migratórios provocados pela globalização à escala mundial, com especial incidência no espaço lusófono.

O Olhar Inglês no Protestantismo

Coordenação:

Alexandre Honrado (ULHT)

Tema:

No sentir religioso e na interpretação cultural a ele inerente, o século XVI  é abalado pelas convulsões cristãs mais profundas, associadas ao amplo processo da Reforma Protestante, movimento político-religioso, eminentemente cultural que afetará a prática da fé cristã, na Europa, no imediato, e no resto do mundo, a breve prazo. A Reforma Inglesa (ou Reforma anglicana) foi o lado visível dessas transformações em território inglês, onde a ruptura com a autoridade do Papa e a Igreja Romana e uma guerra civil que mudarão formas de pensar, sentir e agir cuja originalidade ocorre agora rever pode ainda sentir-se no que há na atualidade dessas mudanças, como vê-las à luz da História. A Inglaterra do Brexit será a mesma de Henrique VIII, de Maria I ou de Jaime II? Que marcas ficaram da longa clandestina ilegalidade dos católicos – entre os séculos XVI e XIX – ou que podemos ler hoje dos antigos princípios da Declaração dos Direitos de 1689 ou da Revolução Gloriosa, da mesma época? O legado do antigo status quo católico permanece uma questão de discussão ainda hoje. Fica portanto o desafio deste simpósio.

Fenômeno Religioso e Práticas Curriculares

Coordenador:

Lourival José Martins Filho (UDESC)

Tema:

Análise e reflexão de estudos, pesquisas e práticas curriculares, nos processos de escolarização de crianças, jovens, adultos e idosos, com ênfase no fenômeno religioso em suas múltiplas dimensões e possibilidades no currículo e na docência da escola contemporânea. Espaço de socialização de pesquisas, experiências e abordagens para a formação de professores (as) em que as discussões da diversidade religiosa estejam presentes nos percursos formativos dos futuros docentes.

A Educomunicação no Universo Religioso Brasileiro: Práticas educomunicativas na Igreja Católica

Coordenador:

Mauricio Nascimento Cruz Filho (ECA-USP)

Tema:

A cultura midiática que entretece as complexas relações da sociedade contemporânea constitui-se um dos espaços privilegiados das pesquisas e discussões científicas em que se encontram as buscas de compreensão conceitual e metodológica da educomunicação enquanto área do conhecimento científico e prática social. Observar essa cultura e suas conexões com os espaços da vida social, especialmente o universo religioso, constitui-se, neste momento histórico da contemporaneidade, uma preocupação à pesquisa em educomunicação, especialmente no instante em que esse universo se firma cada vez mais nas práticas da sociedade brasileira e, como decorrência disso, busca formas de comunicação com os diferentes atores da sociedade, chegando assim a estreitar relações inclusive com a Educomunicação. Assim, o tema do VI Encontro de Educomunicação, “Diversidade e educomunicação, tecendo saberes e integrando práticas”, adquire especial relevo nesse contexto.

Narrativas Transgressoras: Religião, Literatura e Educação na Perspectiva da Mulher Negra

Coordenadoras:

Carolina Rocha (IESP-UERJ) e Sandra Aparecida Gurgel Vergne (PUCSP)

Tema:

A proposta desse Simpósio é trazer as reflexões teóricas e práticas que permitam pensar os atravessamentos que constituem o papel da mulher negra na educação, na religiosidade (da igreja ao terreiro), na universidade e em seu lugar social, através da análise do simbólico no campo religioso, seu pertencimento e histórico de resistência. Para isso transitaremos entre a Ciência da Religião, a Literatura, a Educação e os autores descoloniais, de forma que possamos compreender os vetores que apontam para a necessidade da temática no campo acadêmico. O feminino, demonizado e esquadrinhado, sofre imposição de modelos hegemônicos, principalmente quando falamos da mulher negra. A violência e opressão na sociedade pós-colonial, impõem a construção de estratégias de resistência (transgressoras), em especial através do segredo e do sagrado, na religiosidade, ontem e hoje. Propomos pensar na dinâmica de vida e na ação política no cotidiano, a possibilidade da superação do racismo, do sexismo e de todas as formas de discriminação. Autores como Sergio Junqueira, Afonso Soares, Amadou Hampâté Bâ, Mignolo, Stela Guedes Caputu, Mudimbe, Walter Benjamin, Abdias do Nascimento, Azoilda Loreto, Wlamira Alburquerque e Ki-Zerbo, apresentam a necessidade de uma escuta mais atenta das narrativas de experiências e práticas cotidianas.

Interseccionalidades de Religião, Sexualidades e Gêneros nos processos de Escolarização

Coordenadora:

Denise da Silva Braga  (UFVJM)

Tema:

A emergência das novas/outras identidades nas cenas contemporâneas coloca em evidência um processo de desregulamentação da produção identitária, desalojando os sujeitos das posições anteriormente reconhecidas e possíveis para uma experiência de viver com/na diferença. Nestes contextos, são realçadas as possibilidades criativas dos sujeitos e as identidades anteriormente tidas como “naturais” e estáveis dão lugar a um processo de produção de si que desafia, inclusive, os discursos hegemônicos nos quais se firmaram os projetos educativos. Este simpósio propõe congregar investigações que focalizam as interseccionalidades da religião, sexualidades e gêneros nos processos de escolarização e na formação de professores Nosso interesse é reunir diversas perspectivas, experiências e contextos para discutir como os limites, disputas e embates dos enquadramentos normativos configuram e conformam gêneros e sexualidades nos corpos escolarizados e como as escolas e os currículos têm se tornado um campo disputado de regulação. Interessam-nos, de modo especial, as pesquisas sobre os discursos religiosos e suas apropriações no campo educacional, sobremaneira no que tange à produção de currículos para o trabalho pedagógico com as sexualidades e gêneros na Educação Básica e na formação de professores.

O Ensino Religioso e o Ser Pessoa: Confessional, Plural e Relacional

Coordenadora:

Jacirema Thimoteo dos Santos (PUC – RJ)

Tema:

Citado nas Resoluções CNE/CEB nº 2/98 e nº 7/2010 como Área de Conhecimento e em outras leis como a Constituição Federal do Brasil de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, o Ensino Religioso é um direito de todo aluno. Neste sentido, faz-se necessário investigar e analisar se as diversas propostas curriculares existentes no Sistema Educacional Brasileiro têm como prioridade àquele que deve ser efetivamente considerado: o aluno. É este em sua condição concreta, como pessoa, que deve ser o critério de discernimento para qualquer proposta curricular. Este Simpósio Temático tem como objetivo refletir estudos e pesquisas sobre o conceito de pessoa para a Filosofia, a Psicologia, a Sociologia e para as religiões encontradas dentro da nossa diversidade religiosa e a relação de tais conceitos com as propostas curriculares. Por isso, que o mesmo pretende reunir trabalhos de pesquisadores de áreas afins que versam sobre este assunto, refletindo que o Ensino Religioso deve compreender a individualidade do ser pessoa enquanto pertença de um credo, mas saber articular com a relacionalidade entre os vários credos, ou seja, mesclar confessionalidade e pluralidade com relacionalidade.

Humor e Religião

Coordenação:

Área de Ciência das Religiões (ULHT)

Tema:

A relação entre o universo religioso e dimensão humana do humor assume frequentemente uma tensão que tende a complicar a sua comunicação. O riso e as narrativas da sátira são elementos atribuídos a um plano destituído de noção de sagrado, e categoricamente entendido como profano. Este Simpósio Temático desafia à reflexão do lugar do humor na relação com a religião e a espiritualidade. Dos casos extremistas, aos mais inspiradores, ambos os universos do humor e religiosidade são humanos, o que garantirá à partida a sua inevitável interacção. Que lugar tem então o humor na religião? Proibido? Tolerado? Permitido mas com condições? Que características compatíveis ou incompatíveis assumem estas duas actividades humanas?

As Origens e as Relações do Espiritismo Kardequiano

Coordenadores:

Adriana Gomes (UERJ) e Marcelo Gulão (UERJ)

Tema:

O espiritismo surgiu na França em meados do século XIX a partir das investigações de Allan Kardec, que foi um dos pioneiros nas pesquisas dos fenômenos mediúnicos. Suas análises tornaram-se influentes na cultura europeia do período, assim como na religiosidade de países lusófonos desde os anos finais do oitocentos até a atualidade, com destaque para o Brasil. Dessa forma, contemplaremos pesquisas que busquem analisar o espiritismo em seus múltiplos matizes (científico, filosófico e religioso), a sua transposição e os seus desdobramentos em diversos países, com a depreensão de suas especificidades religiosas e os presumíveis conflitos estabelecidos nas relações com as instituições médicas, acadêmicas, políticas e religiosas ante a prática do espiritismo.

Oralidade em Religiões Africanas e sua Diáspora –

Coordenadores:

Marcos Verdugo (PUCSP, BR) e Cleberson Dias (PUCSP, BR)

Tema:

A oralidade negro-africana engendra um modo particular de agenciamento do conhecimento: baseada em certa concepção da humanidade, do seu lugar e do seu papel diante da realidade concreta, fundada na iniciação e na experiência de mundo, cria um tipo particular de homem e mulher. Neste sentido, a oralidade negro-africana é toda forma-sentido que habita a linguagem, o centro unificador do desejo do sujeito-oral de se-saber-ele-mesmo (movimento de soberania) e de se-ter-a-si-mesmo no mundo (movimento de autonomia). A lógica do oral se assenta no gerir e transmitir da memória-conhecimento que, por sua vez, expressa as relações sociais, culturais, econômicas, históricas e espirituais dos indivíduos em uma sociedade oral. Este simpósio busca, assim, reunir trabalhos que explorem as dinâmicas discursivas da oralidade em religiões africanas e em sua diáspora, relevando que a própria constituição e permanência desses imaginários é a história da memória-ruptura de humanidades negociadas na lógica da modernidade/colonialidade do século XV aos dias atuais; logo, são as poéticas religiosas negro-africanas que evidenciamos de modo a revelar as memórias ancoradas em corpos negros.

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