Gnose e Esoterismo Ocidental
Coordenadores:
Rui Lomelino de Freitas (ULHT) e José Carlos de Abreu Amorim (UJP)
Tema:
Segundo Gilles Quispel a cultura Ocidental assenta fundamentalmente em três pilares: Racionalidade, Fé e Gnose. Numa perspectiva histórica, encontramos na Antiguidade e período medieval, as raízes do Esoterismo Ocidental no cristianismo gnóstico, no hermetismo, e no neoplatonismo, de onde decorrem diversas correntes assimiladas posteriormente durante o Renascimento. Estas correntes, especialmente o neoplatonismo e o universo sapiencial do Corpus Hermeticum – e as suas ciências tradicionais (alquimia, magia e astrologia) – chegaram ao mundo ocidental medieval através das culturas Islâmica e Bizantina e permitiram o desenvolvimento do Renascimento e o posterior desenvolvimento do pensamento moderno. Na atualidade, perante os achados arqueológicos do século XX (e.g. Nag Hammadi) e as traduções dos textos gnósticos, torna-se possível abordar os conteúdos filosóficos a aproximarmo-nos de uma compreensão da Gnose enquanto perspectiva e experiência existencial. Historicamente permite-nos rever concepções relativas a períodos determinantes como o Renascimento e o Iluminismo, ou, recuando ao início da era cristã, relativas a tudo o que até há décadas entendíamos por cristianismo.