Cosmovisões a “Oriente”: Ferramentas para uma Transformação Ético-epistemológica
Coordenador:
António E. R. Faria (ULHT)
Tema:
Pretende-se contribuir para que se viabilize a ruptura com o paradigma vigente através da apresentação de contributos assentes em propostas radicadas nas Cosmovisões a “Oriente”.
Poderemos continuar a pensar a “felicidade genuína” como resultante de impulsos hedónicos que surgem na consequência de estímulos agradáveis exteriores, ou simplesmente, como o resultado de todo um processo de florescimento das potencialidades da mente humana? De um certo ponto de vista, esse processo inicia-se pela maturação ética alinhada com a virtude que subjaz e se difunde nos estados emocionais que ocorrem, complementados pelo acolhimento de todas as imprevisibilidades e vicissitudes da vida. Mas, na verdade, não será essa virtude uma intimidade que implica a prática ética, e que surge como inseparável da prática da meditação, em todo um percurso onde surgem esforço, atenção plena (mindfulness) e concentração (samadhi)?
Assumimos aqui que sem um reconhecimento teorético e prático das relações fundamentais da experiência vivencial – nas suas vertentes de impermanência e interdependência – muitos dos nossos movimentos radicam na separatividade. Sendo assim, poderão as atividades propostas pelas várias Cosmovisões a “Oriente” constituir-se nos dias de hoje como ferramentas passíveis de contribuir para uma transformação da mente-consciência da cada sapiens, contribuindo deste modo para um (re)equilíbrio significativo do Biótopo?